Carta aberta do DCE- UEL contra o fim da paridade nas eleições para a reitoria
Está para ser votado no C.U. hoje dia 17 de julho o fim da paridade nas eleições para a reitoria. Esta medida torna a estrutura da universidade ainda mais anti-democrática, restringe a participação dos estudantes e funcionários na escolha de seus dirigentes, representará o fortalecimento da burocracia, somado ao que já existe hoje: composição dos conselhos segundo a LDB e eleição indireta para reitor, com a escolha do governador a partir da lista tríplice.
O afastamento da cúpula dirigente em relação à comunidade universitária é a negação da autonomia. Amplifica a ingerência do Estado e das políticas privatistas, invertendo um movimento que deveria partir dos estudantes, professores e funcionários em defesa da Universidade.
Em nosso cotidiano, temos inúmeros exemplos de como esta estrutura subverte os interesses da comunidade universitária. A cada medida impopular da reitoria questionamos a estrutura de poder da universidade. Foi assim com o plano de segurança, quando exigimos uma assembléia geral universitária. E a história se repete agora com a questão da Moradia Estudantil. Não queremos que questões políticas e sociais sejam discutidas administrativamente e, muito menos, como caso de polícia. Os Conselhos e dirigentes devem expressar estes conflitos, não podem ser autônomos em relação à comunidade que deveriam representar. Na USP, onde a estrutura chegou ao ponto mais restrito e antidemocrático, os dirigentes têm de se reunir em áreas militarizadas. É este o modelo que a UEL quer seguir?
Por isso, reivindicamos que o fim da paridade não seja votado em período de férias, que seja debatido com a comunidade, em uma Assembléia Geral Universitária que deve pautar outros temas de interesse, como a redução de vagas na moradia e a garantia de igualdade de acesso e permanência a todos os níveis de ensino.
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