Alberto D'Angele: Bate papo com Ideias Certas
André Guimarães: D'Angele, você nasceu onde e quando ?
Alberto D'Angele: Nasci em Curitiba em abril de 1979 mas me considero mais mourãoense do que curitibano. Cresci em Campo Mourão, perto de Maringá, onde morei entre 1986 e 1996 e cidade pela qual ainda guardo enorme apreço. Minha família foi de mudança para lá devido à transferência de meu pai, capitão da Polícia Militar. Entretanto, atualmente já voltaram a morar em Curitiba. De 97 pra cá, no entanto, virei um londrinense daqueles radicais, com grande apego pela cidade, pelas pessoas daqui e por tudo que diz respeito à ela. Não só por qualidade de vida mas profissionalmente mesmo, Londrina é uma baita escola de jornalismo e dá muitas possibilidades no exercício desta profissão.
André Guimarães: Desde quando você decidiu ser Jornalista ? na sua infância este era seu Sonho ?
Alberto D'Angele Meu contato com jornalismo começou bem cedo. No começo da década de 90, com dez, onze anos, eu já fazia jornal do clube e da escola. Primeiramente em papel carbono e com máquina de datilografia, depois nos antigos stencial. Lembro que no 'auge' do jornal escolar chegamos a fazer mais de duzentos exemplares por edição. Depois cheguei a ter uma coluna jovem na 'Tribuna do Interior', jornal local de Campo Mourão. Já com 15 anos tive a oportunidade de trabalhar com radiojornalismo na 'Musical FM' também de Campo Mourão. Eu era o redator do radiojornal das 7h15. Foi uma fase muito proveitosa e guardo uma ótima lembrança desta experiência na rádio. Acabei saindo para cursar o pré-vestibular. Na época continuava gostando do jornalismo mas não imaginava que seria profissão. Tanto que prestei vestibular para oficial da PM, medicina, direito e jornalismo. Na minha cabeça a pretensão maior era entrar na PM, mas não deu certo. Acabei passando nos vestibulares de jornalismo e acabei pegando gosto.
André Guimarães: Você se formou a onde e em que ano ?
Alberto D'Angele: Me formei pela UEL em 2001. Também cursei paralelamente Direito na Unopar onde me formei em 2003.
André Guimarães: Pela força da comunicação da RPC, e seu talento, você é bastante reconhecido no seu dia a dia. Isso mudou em que sua vida ?
Alberto D'Angele: Considero que é um reconhecimento positivo. É legal encontrar pessoas com as quais fizemos matéria, com gente que se identifica em algum material que produzimos. Acho que a satisfação do jornalismo vem do fato da gente ver que teve algum resultado efetivo, que não foi em vão. E isto é relativamente forte na RPC. Apesar da concorrência ter crescido, não dá pra negar que a RPC continua sendo uma grande vitrine e é gratificante ver o resultado deste trabalho.
André Guimarães: Seu nome Profissional e invertido, na verdade seu nome e D'angele Alberto, Correto ? a partir de quando e como se deu esta mudança ?
Alberto D'Angele: Meu nome completo é D'angele Alberto dos Santos. O D'angele, pelo que conta minha mãe (meu pai já é falecido), seria homenagem a um amigo do meu pai. Quanto à inversão, ocorreu em 2001. Fiz o trainee para a RPC. Quando surgiu a vaga para cobrir férias, o editor Wilmar Gonçalves, grande editor que também coordenava o programa de treinamento, disse que "D'angele Alberto" era muito complicado para me chamar, que na TV precisava de um primeiro nome mais simples. Inicialmente não me importei muito e fui levando. Daí, quando retornei do trainee em Curitiba para trabalhar na Coroados, coloquei no relatório o "D'angele Alberto". Milton Antunes, editor à época, olhou meio de 'rabo-de-olho' e fez aquela cara de "Não é pra ser assim não". Enfim, Curitiba já tinha avisado Londrina acerca da inversão. Eu nem esquentei muito e, sendo iniciante na profissão, nem tinha cacife pra questionar nada em contrário. E assim continua até hoje. Quem estranha muito são meus colegas do tempo de colégio que ficam confusos, sem entender o porque. Alguns, inclusive, tentam me chamar de 'Alberto' mas acham que estão falando com outra pessoa. Eu mesmo, no começo, estranhava quando me chamavam assim. Mas agora já é bem natural.
André Guimarães : Existe muitos Jornalistas desempregados, qual a dica que você da para estes profissionais conseguirem um bom emprego ?
Alberto D'Angele: A dica é trabalhar, trabalhar, trabalhar. Correr atrás, mostrar vontade e determinação. Lógico que o mercado está enxuto, que salários não estão na melhor fase. Mas sempre há mercado pra quem se destaca e batalha. A gente vê que a rotatividade no jornalismo tem sido grande mas a recolocação também é rápida. Só não dá pra parar no tempo. Também vale ter disposição para encarar cidades diferentes. É ilusão querer ficar só nos grandes centros. Além disto, o jornalismo demanda diferentes perfis. Muitas vezes a pessoa não tem um baita texto mas tem um 'feeling' muito bom e assim vai conquistando o seu lugar. Não dá é pra parar no tempo.
André Guimarães: A imprensa tem um papel fundamental na manutenção da democracia e na construção de opiniões, o que você pensa desta grande responsabilidade dos profissionais da comunicação ?
Alberto D'Angele: Muitas vezes sinto que boa parte dos profissionais não tem dimensão do tamanho do calibre que tem em mãos. Tratam a 'notícia' e o jornalismo como algo menor, sem o devido comprometimento. Acredito que algumas profissões demandam um compromisso maior do que outras e assim considero o jornalismo. O impacto de uma informação errada ou mal apurada tem o poder de destruição enorme. Enfim, é um processo complicado, que envolve comodismo e também a falta de estrutura de algumas empresas. Não dá pra cobrar estímulo dos jornalistas se trabalham num lugar com estrutura precária. Entretanto, também não se pode esconder atrás deste problema para negligenciar a 'informação' séria, precisa e com a devida responsabilidade social.
André Guimarães: Qual a sua opinião sobre o papel dos blogues no dia a dia da Internet ?
Confira o Alberto D'Angele em ação:
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